Era uma vez, na agitada vila de paralelepípedos chamada Willowmere, um jovem chamado Oliver. Oliver não era o que alguém chamaria de heróico. Ele não tinha o queixo esculpido de um cavaleiro ou a estatura imponente de um guerreiro. Não era particularmente rápido, forte ou habilidoso com uma espada. Na verdade, Oliver era bastante comum, com cabelos castanho desgrenhados que sempre pareciam ficar em pé nos lugares errados e um guarda roupa que consistia principalmente em túnicas remendadas e botas desgastadas. Ele era de fala suave, frequentemente perdido em pensamentos, e passava muito do seu tempo lendo livros antigos ou cuidando de seu pequeno jardim de vegetais. Os aldeões gostavam de Oliver o suficiente, mas ninguém esperava muito dele. Ele era o menino que ajudava a consertar carroças quebradas, oferecia uma palavra gentil às crianças e alimentava animais de rua.
Enquanto outros buscavam glória e aventura, Oliver estava contente em viver tranquilamente. Mas o que os aldeões não perceberam era que, sob sua aparência modesta, Oliver possuía duas qualidades extraordinárias uma mente brilhante e uma bondade inabalável. Um dia fatídico, uma sombra caiu sobre Willowmere. Um terrível dragão chamado Malgrin havia tomado residência nas montanhas próximas. Malgrin não era um dragão qualquer. Ele era antigo, astuto e cruel, com escamas tão negras quanto a noite e olhos que brilhavam como ouro derretido. O dragão exigia tributo da vila ouro, gado e até suas preciosas colheitas. Se os aldeões recusassem, Malgrin prometia liberar sua fúria flamejante sobre eles.
O conselho da vila se reuniu em um estado de pânico. Willowmere era um lugar humilde, sem cavaleiros ou guerreiros, e eles tinham pouca riqueza para oferecer. Os habitantes sussurravam com medo, perguntando como poderiam se livrar de um inimigo tão poderoso. Enquanto os anciãos da vila debatiam interminavelmente, Oliver permaneceu quieto em um canto, ouvindo. Ele tinha lido muitas histórias sobre dragões em seus livros e sabia que a força bruta não seria páreo para Malgrin. Dragões não eram apenas fortes, mas também inteligentes, e frequentemente subestimavam aqueles que consideravam fracos ou insignificantes para representar uma ameaça. Quando a reunião do conselho terminou sem uma solução, Oliver se levantou. "Eu irei falar com o dragão," disse ele suavemente.
A sala irrompeu em risadas. "Você? Falar com o dragão?" um dos anciãos zombou. "O que alguém como você poderia fazer?" Mas Oliver não recuou. "Posso não ser forte, mas posso pensar. E às vezes, palavras podem ser mais poderosas que espadas. " Embora os aldeões estivessem céticos, eles não tinham um plano melhor. Relutantemente, permitiram que Oliver fosse, oferecendo lhe o pouco conselho que podiam. Armado apenas com uma bolsa de suprimentos e sua astúcia, Oliver partiu em direção à montanha.
A jornada foi longa e traiçoeira, mas Oliver persistiu, seu coração firme com determinação. Quando chegou à toca do dragão, encontrou Malgrin relaxando sobre uma enorme pilha de tesouros. As escamas do dragão brilhavam como obsidiana na luz tênue da caverna, e seus olhos se estreitaram quando Oliver se aproximou. "Bem, bem," Malgrin rugiu, sua voz como um trovão. "O que temos aqui? Um pequeno humano insignificante, vindo se arrastar diante de mim?" Oliver fez uma reverência educada. "Saudações, grande Malgrin. Meu nome é Oliver, e vim falar com você. " O dragão bufou, soltando uma nuvem de fumaça no ar.
"Falar? O que você poderia dizer que me interessaria?" Oliver alcançou sua bolsa e retirou um pequeno livro surrado. "Li muitas histórias sobre dragões, mas nunca tive a chance de conhecer um pessoalmente. Você é uma criatura de imenso poder e sabedoria, e pensei que poderia gostar de ter uma conversa com alguém que o admira. " Malgrin inclinou a cabeça massiva, intrigado. "Admira me, é? Muito bem, humano. Fale. Mas ande com cuidado, pois não sou conhecido por minha paciência. " Ao longo das horas seguintes, Oliver envolveu Malgrin em conversa.
Ele perguntou ao dragão sobre sua longa vida, suas muitas aventuras e seus pensamentos sobre o mundo. Malgrin, que estava acostumado a ser temido e odiado, se viu inesperadamente encantado pela curiosidade e respeito do jovem. Mas Oliver não estava apenas fazendo pequenas conversas. Ele estava cuidadosamente estudando o dragão, notando suas vulnerabilidades e seu orgulho. Ele aprendeu que Malgrin era profundamente solitário, tendo afastado todas as outras criaturas com sua ferocidade. Ele também descobriu que o tesouro do dragão não era apenas um símbolo de sua ganância era sua maneira de provar seu valor a um mundo que sempre o via como um monstro. Finalmente, Oliver disse "Grande Malgrin, você é claramente um ser de força e inteligência incomparáveis. Mas me pergunto o que você ganha verdadeiramente ao aterrorizar nossa vila? Isso traz felicidade?" Malgrin rosnou suavemente, sua cauda se movendo.
"Felicidade? Que besteira é essa? Eu tiro o que quero porque posso. Essa é a forma do mundo. " "Mas é assim que deve ser?" Oliver perguntou gentilmente. "E se houvesse outro caminho um que lhe trouxesse companhia, respeito e um legado maior que ouro?" Os olhos dourados do dragão se fixaram em Oliver. "E o que você sugeriria, humano?" Oliver sorriu. "Nossa vila pode ser pequena, mas temos muito a oferecer. Se você nos proteger em vez de nos prejudicar, poderíamos compartilhar nosso conhecimento, música e histórias com você.
Com o tempo, você poderia se tornar um guardião amado de Willowmere, lembrado não por destruição, mas por grandeza. " Malgrin ficou em silêncio por um longo momento, suas enormes garras batendo contra a pedra. Finalmente, ele soltou um baixo rugido. "Suas palavras são audaciosas, pequeno humano. Mas… talvez você esteja certo. Talvez haja mais na vida do que medo e fogo. " E assim, para a surpresa de todos, Malgrin concordou com a proposta de Oliver.
Os aldeões estavam hesitantes no início, mas sob a orientação de Oliver, começaram a construir um relacionamento com o dragão. Eles trouxeram presentes de arte e música, e em troca, Malgrin usou sua força para ajudar a vila a prosperar. Ele desviou um rio para irrigar seus campos, assustou bandidos e até aquecia suas casas durante os rigorosos invernos com seu hálito flamejante. Com o tempo, Malgrin se tornou uma parte preciosa de Willowmere, e os aldeões passaram a vê lo não como um monstro, mas como um amigo. Quanto a Oliver, ele se tornou um herói silencioso, respeitado não por sua força, mas por sua astúcia e bondade. Ele ensinou aos aldeões e até mesmo ao dragão que o verdadeiro poder não reside na dominação, mas na compreensão. E assim, a vila de Willowmere floresceu, provando que mesmo o herói mais improvável pode mudar o mundo com um pouco de coragem, criatividade e compaixão.
Ele tinha uma mente brilhante e um coração gentil.
Para exigir ouro, gado e colheitas como tributo.
Com palavras inteligentes e respeito calmo.
Que Malgrin estava solitário e queria provar seu valor.
Ele sugeriu se tornar um protetor por respeito e companhia.
Presentes como arte, música e histórias.
Ele os protegeu, ajudou com a agricultura e aqueceu suas casas.