Era uma vez, na borda de uma pequena vila tranquila cercada por colinas e riachos, uma floresta mágica chamada a Floresta Encantada. Os aldeões sempre sussurravam sobre a floresta, dizendo que ela estava cheia de maravilhas e segredos. Acreditavam que fadas viviam lá, protegendo as árvores e os animais. Mas ninguém jamais tinha visto as fadas, ou pelo menos, ninguém tinha admitido tê las visto.
Na vila, morava uma menina de seis anos chamada Lily. Lily tinha cabelos castanhos curtos, grandes olhos curiosos e um coração cheio de bondade. Ela adorava ouvir histórias sobre a Floresta Encantada contadas por sua avó. Sua avó sempre dizia "As fadas só se mostrarão para aqueles que têm um coração puro e são gentis com todos os seres vivos."
Lily passava seus dias ajudando as pessoas da vila e cuidando dos animais. Ela sonhava em um dia encontrar uma fada, embora não tivesse certeza se elas eram reais. "E se eu pudesse ajudá las? E se elas precisassem de uma amiga?" ela pensava frequentemente.
Uma manhã ensolarada, Lily acordou com um som estranho, mas bonito. Era uma melodia, suave e doce, como o tilintar de sininhos minúsculos. Ela olhou pela janela e viu um brilho tênue vindo na direção da floresta. Seu coração se encheu de emoção. Poderia ser uma fada?
Sem hesitar, Lily colocou suas botas, pegou sua pequena bolsa e partiu em direção à Floresta Encantada. À medida que se aproximava, o ar parecia mudar. A luz do sol dançava através das folhas, e as árvores pareciam zumbir com vida. Os pássaros cantavam um pouco mais alto, e a brisa trazia o perfume de flores frescas.
"Olá?" Lily chamou suavemente ao entrar na floresta. "Tem alguém aí?"
Por um momento, houve silêncio. Então, uma voz minúscula respondeu, "Ajuda... por favor, ajude..."
Lily olhou ao redor, mas não conseguia ver de onde vinha a voz. "Onde você está?" ela perguntou.
"Aqui embaixo," a voz disse suavemente.
Lily olhou para baixo e viu uma figura minúscula sentada em um pedaço de musgo. Era uma fada! A fada tinha asas delicadas que brilhavam como arco íris, cabelos dourados que brilhavam sob a luz do sol, e um vestido minúsculo feito de pétalas de flores. Mas algo estava errado. As asas da fada pareciam empenadas e ela parecia incapaz de voar.
"Oh não!" Lily disse, ajoelhando se gentilmente. "Você está machucada?"
A fada acenou com a cabeça, seu rosto cheio de preocupação. "Eu sou Faye, e me perdi. Estava voando sobre a floresta quando uma rajada de vento me empurrou para as árvores, e machuquei minhas asas. Não consigo voar para casa sem elas."
O coração de Lily doeu pela pequena fada. "Não se preocupe, Faye. Eu vou te ajudar. Onde é sua casa?"
Faye apontou mais fundo na floresta. "Eu moro no Bosque das Fadas, mas é longe, e há obstáculos ao longo do caminho. Não é seguro para humanos."
"Não estou com medo," Lily disse corajosamente. "Vamos chegar lá juntas."
Faye sorriu, seu pequeno rosto iluminando se. "Obrigada, Lily. Você tem um coração bondoso."
Lily cuidadosamente colocou Faye em sua bolsa, certificando se de que ela estivesse confortável, e as duas começaram sua jornada. A floresta ficou mais densa à medida que caminhavam, mas Lily sentiu uma sensação de maravilha em vez de medo. As árvores pareciam sussurrar incentivo, e as flores se inclinavam para ela como se quisessem torcer por sua vitória.
O primeiro desafio delas surgiu quando chegaram a um largo rio cintilante. A corrente do rio era forte, e não havia ponte à vista. "Como iremos atravessar?" Lily se perguntou em voz alta.
"Olhe," Faye disse, apontando para uma família de lontras brincando nas proximidades.
Lily se aproximou das lontras com cautela. "Olá, vocês podem nos ajudar a atravessar o rio? Minha amiga Faye precisa voltar para casa."
As lontras conversaram entre si, então uma delas acenou com a cabeça. "Vamos ajudar você," disse. "Suba em nossas costas."
Lily ficou maravilhada por conseguir entender as lontras, mas não questionou isso. Ela cuidadosamente subiu nas costas de uma lontra, segurando sua bolsa com Faye dentro. As lontras nadaram graciosamente pelo rio, mantendo a segura das águas turbulentas.
"Muito obrigada!" Lily disse quando chegaram ao outro lado.
"Boa sorte em sua jornada," as lontras responderam antes de mergulharem de volta na água.
À medida que continuavam, a floresta ficou mais escura. Vinhas espessas bloqueavam o caminho, e sombras estranhas dançavam entre as árvores. Faye estremeceu na bolsa de Lily. "Este é o Vale das Sombras," ela sussurrou. "É cheio de ilusões. Não confie no que você vê."
Lily respirou fundo e segurou sua bolsa com firmeza. À medida que caminhavam, ela começou a ver coisas que não eram reais luzes piscando que pareciam lanternas, vozes chamando seu nome e caminhos que pareciam levar a algum lugar seguro, mas desapareciam quando ela chegava perto.
"Lembre se do que é real," Faye disse. "Concentre se em seu objetivo."
Lily fechou os olhos por um momento e pensou no motivo pelo qual estava ali ajudar Faye a voltar para casa. Quando abriu os olhos, as ilusões haviam desaparecido, e ela viu um caminho claro à frente. Ela apressou se pelo vale até que estavam a salvo do outro lado.
"Você conseguiu!" Faye disse, suas asas tremulando ligeiramente. "Estamos nos aproximando."
O desafio final delas surgiu quando chegaram a uma árvore alta e antiga com um tronco oco. A entrada para o Bosque das Fadas estava dentro da árvore, mas uma grande coruja carrancuda bloqueava o caminho.
"Quem ousa entrar na árvore sagrada?" a coruja hootou.
"Sou apenas eu, Lily," ela disse educadamente. "Estou ajudando minha amiga Faye a voltar para casa."
A coruja apertou os olhos para ela. "E por que eu deveria deixar você passar?"
"Porque Faye precisa de sua família," Lily disse. "Ela está machucada, e eu prometi ajudá la."
A coruja a encarou por um longo momento, então acenou com a cabeça. "Você tem um verdadeiro coração. Você pode passar."
A coruja se afastou, e Lily cuidadosamente carregou Faye para dentro da árvore oca. Dentro, o ar brilhava com luz dourada. Casinhas minúsculas feitas de flores e folhas penduravam nos galhos, e fadas flutuavam por toda parte.
"Chegamos!" Faye disse feliz.
As outras fadas voaram para baixo para saudá las, suas asas brilhando de alegria. Elas agradeceram a Lily por sua bondade e bravura. Uma das fadas mais velhas tocou suavemente as asas de Faye, e elas começaram a brilhar. "Suas asas vão se curar, pequena," a fada mais velha disse. "Graças à sua bondosa amiga."
Faye se virou para Lily. "Eu nunca poderei te agradecer o suficiente," ela disse. "Você me mostrou o quanto a bondade é importante."
A fada mais velha entregou a Lily um pequeno pendente em forma de folha. "Este é um presente para você, Lily," ela disse. "Ele vai te lembrar que a bondade é a maior magia de todas."
Lily sorriu e aceitou o pendente. Ao deixar o Bosque das Fadas, sentiu uma calorosa luz em seu coração. A floresta parecia mais brilhante, e as árvores e os animais pareciam cantar uma canção de gratidão.
Quando Lily retornou à vila, ela não pôde contar a ninguém sobre sua aventura eles poderiam não acreditar nela. Mas toda vez que ela olhava para o pendente, lembrava da magia da Floresta Encantada e de sua nova amiga fada, Faye.
E a partir daquele dia, Lily continuou a mostrar bondade a todos que conhecia, sabendo que mesmo o menor ato de bondade poderia tornar o mundo um pouco mais brilhante.
O Fim.