
A protagonista desta história era uma menina de 11 anos chamada Mia. Mia amava o jardim mais do que qualquer coisa. Todos os dias, depois da escola, corria para seu lugar secreto debaixo de um velho salgueiro, desenhando flores em seu caderno e sussurrando seus pensamentos para as plantas. Ela não sabia por que, mas sempre sentia que o jardim estava ouvindo. Em uma tarde dourada, enquanto se ajoelhava ao lado de um canteiro de margaridas, algo extraordinário aconteceu.
"Obrigada por não nos colher", uma voz pequena piou.
Mia congelou, seu lápis suspenso no ar. "Quem disse isso?" "Aqui embaixo!" A voz era alegre, mas firme. Ela olhou para o grupo de margaridas e ofegou. Uma delas havia virado o rosto para ela, suas pétalas tremendo levemente enquanto falava.
"Você. você pode falar!" Mia gaguejou, os olhos arregalados de espanto.
"Claro que podemos falar", respondeu a margarida. "Você tem sido gentil conosco, então decidimos deixá la conhecer nosso pequeno segredo. Bem vinda ao Reino de Petalborough!" Antes que Mia pudesse responder, o chão sob ela brilhou, e num piscar de olhos, ela se viu encolhendo. As flores imensas cresceram ainda mais, as lâminas de grama se alongaram em pilares verdes, e o zumbido dos insetos se tornou uma sinfonia de vozes. Quando a transformação parou, Mia não era mais alta que uma joaninha.
"Vamos, vamos mostrar a você o lugar!" disse a margarida, agora uma figura imponente com um sorriso radiante. Um besouro em um terno minúsculo se aproximou e ofereceu a Mia uma carona em suas costas. Hesitante, mas curiosa, ela subiu a bordo, e eles se aventuraram mais fundo no reino mágico.
Petalborough era um lugar movimentado. Abelhas zumbiam pelo ar, entregando néctar, formigas marchavam em filas perfeitas carregando suprimentos, e borboletas esvoaçavam como dançarinos coloridos.
"Bem vinda, querida criança. Ouvimos sobre sua bondade com nosso jardim, e somos gratos. Mas temo que sua chegada aconteça em um momento preocupante.
"O que há de errado?" Mia perguntou, com a testa franzida. As pétalas da Rainha murcharam levemente. "Uma sombra paira sobre Petalborough. Os humanos trouxeram um aparato estranho uma máquina que borrifa veneno. Ela ameaça destruir nosso lar. Tememos que isso possa prejudicar não apenas a nós, mas todo o jardim.
O coração de Mia afundou. Ela se lembrou de seu vizinho mencionando algo sobre controle de pragas. "Você quer dizer o pesticida? Oh não! Isso poderia matar tantos de vocês.
"Exatamente", respondeu a Rainha Calêndula. "Tentamos conversar com os humanos, mas eles não conseguem nos ouvir. Você, no entanto, pode ser capaz de ajudar. Mia acenou com a cabeça decididamente. "Farei o que puder.
A Rainha sorriu. "Obrigada, corajosa. Mas primeiro, você deve entender melhor nosso mundo. O conhecimento é a chave para nos salvar.
Nos dias seguintes, Mia explorou Petalborough, aprendendo com seus habitantes. Um caracol idoso chamado Professor Lama lhe ensinou sobre o delicado equilíbrio dos ecossistemas. "Cada criatura aqui tem um papel", explicou ele. "As abelhas polinizam as flores, as minhocas mantêm o solo saudável, e até as aranhas ajudam a controlar as pragas. Um zangão chamado Buzz mostrou a ela como os trabalhadores se esforçavam para coletar néctar e fazer mel. "Sem nós, as flores não floresceriam, e os humanos não teriam suas frutas e vegetais", disse ele orgulhosamente.
Mia também conheceu uma vaga lume tímida chamada Brilho, que explicou a importância da luz à noite. "Nós guiamos as criaturas noturnas e ajudamos a manter o jardim seguro", sussurrou ela, seu corpo minúsculo brilhando suavemente.
Quando Mia voltou para ver a Rainha, percebeu o quão interconectado tudo no jardim era. "Se o pesticida destruir vocês, isso prejudicará todo o ecossistema", disse ela.
Mia pensou por um momento. Então teve uma ideia. "Eu falarei com eles. Vou mostrar a eles o que aprendi.
No dia seguinte, Mia voltou ao seu tamanho normal e correu para encontrar seu vizinho, o Sr. Thompson, que planejava borrifar o pesticida. Ela explicou tudo o que havia descoberto, usando seus esboços e notas para fundamentar seu caso. "Você sabia que as abelhas estão morrendo em todo o mundo por causa de produtos químicos como este?", disse ela apaixonadamente. "E sem abelhas, não teremos comida. Tudo no jardim trabalha em conjunto. Se ferirmos uma parte, ferimos a tudo.
O Sr. Thompson estava cético no início, mas o entusiasmo e o conhecimento de Mia o conquistaram. Ele concordou em tentar alternativas naturais, como plantar calêndulas para repelir pragas e montar casas de passáros para atrair aves que comem insetos. Juntos, espalharam a palavra para outros vizinhos, transformando toda a comunidade em um refúgio para polinizadores e outras criaturas do jardim.
De volta a Petalborough, os residentes celebraram. A Rainha Calêndula declarou Mia uma guardiã honorária do jardim. "Você nos salvou, corajosa. Sua bondade e sabedoria não serão esquecidas. Quando o sol se pôs, Mia sentou se debaixo do velho salgueiro, ouvindo o suave zumbido do jardim. Ela sentiu uma profunda sensação de paz, sabendo que havia feito a diferença.
Desde aquele dia, Mia continuou a visitar Petalborough, seu reino mágico secreto. Ela aprendeu mais sobre as maravilhas da natureza e compartilhou seu conhecimento com os outros, tornando se uma defensora do meio ambiente. O jardim prosperou, seu mundo escondido seguro e vibrante, tudo porque uma pequena garota se importava o suficiente para ouvir.
E assim, o Reino de Petalborough floresceu, um testemunho do poder da bondade, curiosidade e a crença de que até as menores vozes importam.
Petalborough
Elas podem falar e interagir.
Porque ela foi gentil com elas.
Rainha Marigold, um girassol.
Pesticidas que podem prejudicar o jardim.
Ela explica a importância das abelhas e do ecossistema.
Guardião honorário do jardim.
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