Era uma manhã fresca de outono na pequena cidade de Maplewood, onde as ruas eram ladeadas por árvores cujas folhas haviam se transformado em tons de âmbar e ouro. Sophie Carter, onze anos, caminhava lentamente pela calçada a caminho da escola. Ela era uma garota comum com uma vida discreta, do tipo que se misturava, sem se destacar de maneira particular. Não era a corredora mais rápida, a melhor artista ou a aluna mais brilhante da turma. Mas Sophie tinha uma mente curiosa e um amor por resolver enigmas, mesmo que ela mesma não pensasse muito nisso. Naquele dia, enquanto Sophie passava pela antiga biblioteca na Main Street, ela notou algo peculiar. A porta lateral, normalmente trancada e empoeirada, estava ligeiramente entreaberta, rangendo enquanto o vento a empurrava.
Ela hesitou. Sempre teve curiosidade sobre a biblioteca, que estava fechada há anos, e ninguém parecia saber por quê. Sua curiosidade falou mais alto, e ela entrou. A biblioteca era escura, com raios de sol atravessando as persianas quebradas. Poças de poeira dançavam no ar, e o cheiro de papel envelhecido preenchia suas narinas. Sophie vagou pelos corredores de livros, seus dedos roçando nas lombadas. Parou ao notar um pequeno livro sobre uma mesa no centro da sala.
Parecia antigo, encadernado em couro rachado com estranhos símbolos gravados na capa. Ela o abriu, e as páginas brilharam suavemente. Seu coração disparou. Ao ler as palavras em voz alta, elas pareciam vibrar com vida. De repente, a sala girou, e a próxima coisa que ela soube foi que estava em um lugar diferente. A biblioteca havia desaparecido, substituída por uma floresta verdejante. Antes que pudesse entrar em pânico, uma figura apareceu atrás de uma árvore.
Era uma mulher alta com cabelos prateados e olhos azuis penetrantes, vestida com robes fluídas que brilhavam como água. "Bem vinda, Sophie," disse a mulher com um sorriso acolhedor. "Eu estava esperando por você. ""Eu? Esperar onde? O que está acontecendo?" Sophie gaguejou, com a voz tremendo. "Você descobriu o Livro de Lumina," explicou a mulher. "Ele escolheu você porque possui um dom raro, um que você ainda não descobriu. Meu nome é Elara, e estou aqui para guiá la.
"Sophie piscou, confusa. "Um dom? Acho que você está confundindo a pessoa. Eu sou apenas. eu. " Elara riu suavemente. "Todo mundo tem algo especial dentro de si, Sophie. O seu é a capacidade de ver padrões e conexões que os outros não conseguem.
Isso pode parecer simples, mas é uma habilidade poderosa quando cultivada. "Sophie não estava convencida, mas antes que pudesse protestar, Elara acenou com a mão e uma imagem apareceu no ar. Mostrava uma vila em apuros, seu povo preso por um labirinto de cipós que cresceram descontroladamente, cortando os do mundo exterior. "Esses cipós foram criados por uma maldição antiga," explicou Elara. "Os aldeões estão ficando sem comida e água. Eles precisam de alguém que possa decifrar os padrões nos cipós e encontrar uma maneira de quebrar a maldição. Essa pessoa é você.
"Sophie sentiu um nó na garganta. "Eu? Mas eu não sei como fazer nada disso!" "Você vai aprender," disse Elara gentilmente. "Estarei aqui para ajudá la. "Relutantemente, Sophie concordou em tentar. Nos dias seguintes, Elara a treinou, ensinando a a concentrar sua mente e reconhecer padrões na natureza, em quebra cabeças e até no comportamento das pessoas. Sophie começou a notar coisas que nunca tinha prestado atenção antes a maneira como os galhos das árvores refletiam as veias nas folhas, o ritmo dos passos, as sutis mudanças no vento. Quando finalmente chegaram à vila, Sophie ficou sobrecarregada com a visão dos enormes cipós espinhosos que se erguiam acima das casas.
Os aldeões olharam para ela com uma mistura de esperança e ceticismo. Ela respirou fundo e examinou os cipós de perto. A princípio, pareciam caóticos, mas à medida que os estudava, começou a ver um padrão. Os cipós se torciam e contorciam em uma sequência específica, quase como um quebra cabeça esperando para ser resolvido. Usando o que havia aprendido, Sophie começou a traçar o padrão de volta à sua origem. Isso a levou a uma pedra escondida enterrada sob o maior cipó. A tábua estava coberta de símbolos semelhantes aos do Livro de Lumina.
Com a orientação de Elara, Sophie decifrou os símbolos e falou as palavras em voz alta. O chão tremeu, e os cipós começaram a murchar e encolher até desaparecerem completamente. Os aldeões explodiram em aplausos, correndo para agradecer a Sophie. Ela sentiu um calor em seu peito, uma sensação de realização que nunca havia experimentado antes. Pela primeira vez, percebeu que seu amor por quebra cabeças e padrões não era apenas um hobby era um dom que poderia fazer uma diferença real. Quando Sophie voltou a Maplewood, ela se viu olhando para o mundo de maneira diferente. Ela não se sentia mais comum.
Começou a aplicar suas novas habilidades a problemas do dia a dia, ajudando seus colegas a resolver problemas de matemática difíceis, organizando eventos escolares de maneira mais eficiente e até ajudando seus pais a consertar coisas em casa. Embora o Livro de Lumina tivesse desaparecido, as palavras de Elara permaneceram com ela "Todo grande herói começa como uma pessoa comum. O que você faz com seus dons é o que o torna extraordinário. "A vida de Sophie não foi a mesma depois daquele dia na biblioteca. Ela ficou mais confiante, mais curiosa e mais disposta a ajudar os outros. E embora nunca tenha contado a ninguém sobre sua aventura, sabia que, se o mundo precisasse dela novamente, ela estaria pronta.
Ela estava curiosa sobre a porta aberta e queria explorar.
Ele brilhava e tinha símbolos misteriosos nele.
Ela conheceu Elara, uma mulher gentil que a guiou.
Ela podia ver padrões e conexões que os outros não conseguiam.
Eles estavam presos por vinhas mágicas de uma maldição antiga.
Ela traçou o padrão das vinhas e quebrou a maldição.
Ela aprendeu que suas habilidades poderiam fazer uma grande diferença.