Era uma vez, na tranquila vila de Windmere, aninhada à sombra da grande Floresta Mistywood, uma jovem chamada Lila. Ela era pequena de estatura, com cabelos da cor de castanhas e olhos que refletiam o brilho do riacho que corria pelo coração de sua vila. Lila era tecelã, conhecida por seus delicados tapestries que retratavam cenas da natureza. Mas, enquanto suas mãos eram habilidosas, seu coração carregava um pesado fardo ela acreditava que era insignificante. "Qual é o valor de uma tecelã quando o mundo está cheio de guerreiros, ferreiros e eruditos?" ela frequentemente murmurava para si mesma enquanto trabalhava. Windmere era um lugar pacífico, seu povo gentil e trabalhador. Eles viviam em harmonia com a terra, cultivando, criando gado e compartilhando histórias ao redor do fogo sob céus estrelados. Mas sua tranquilidade foi despedaçada numa noite de outono, quando o sol se pôs além do horizonte, pintando o céu em matizes de carmesim e ouro. Um baixo rugido reverberou pelo ar, sacudindo as árvores e fazendo bandos de pássaros se dispersarem nos céus. Os moradores se reuniram na praça, com medo estampado em seus rostos. O prefeito de Windmere, um homem robusto chamado Edrick, stepou à frente, sua voz trêmula. "É a Besta de Mistywood," ele declarou. "O antigo terror despertou após séculos de sono. " A Besta, uma criatura lendária, era dita ser a guardiã da floresta que havia se voltado contra a humanidade há muito tempo.
Era uma figura massiva e sombria, com olhos como brasas ardentes e garras que poderiam rasgar pedra. Poucos a haviam visto e vivido para contar a história. "O que ela quer?" alguém sussurrou. Edrick balançou a cabeça, sombrio. "Destruir. Punir. A menos que ofereçamos um tributo. " Os moradores gasparam. As lendas falavam de um tributo exigido pela Besta uma pérola de grande magia escondida profundamente na Mistywood. Dizia se que era o coração pulsante da floresta, um tesouro de poder inimaginável. Mas recuperá la era considerado impossível, pois a Mistywood era um labirinto de armadilhas, ilusões e criaturas selvagens. "Devemos enviar alguém corajoso e forte para enfrentar a floresta," continuou Edrick. "Alguém disposto a arriscar tudo para salvar Windmere. " Um silêncio caiu sobre a multidão.
Ninguém deu um passo à frente. Os moradores trocaram olhares, o peso da tarefa era demais para que qualquer um deles suportasse. Lila estava à beira da praça, seu coração batendo forte. Certamente, alguém mais se ofereceria. Certamente, um guerreiro ou um caçador se apresentaria. Mas ninguém o fez. "Eu irei," Lila ouviu se dizer, as palavras escapando de seus lábios antes que pudesse detê las. Todas as cabeças se voltaram para ela. Edrick franziu a testa. "Lila, você é apenas uma tecelã. A Mistywood não é lugar para. " "Eu posso ser uma tecelã," ela interrompeu, sua voz trêmula, mas resoluta, "mas também sou uma filha de Windmere. Não posso ficar de pé enquanto minha vila é destruída. " Suas mãos se cerraram em punhos.
"Eu trarei a pérola. " Os moradores murmuraram entre si, alguns em admiração, outros em dúvida. Mas Edrick assentiu solene. "Muito bem. Se você está disposta, então colocaremos nossa esperança em você. Que os deuses guiem seus passos. " Naquela noite, enquanto a vila dormia, Lila se preparou para sua jornada. Ela pegou uma pequena bolsa com pão, queijo, uma canteen de água e a velha faca de caça de seu pai. Ao redor de seu pescoço, ela usava um simples amuleto de madeira que sua mãe havia esculpido um pardal, um símbolo de resiliência e liberdade. Quando ela pisou no caminho que levava à Mistywood, a luz da lua a banhou em prata. Seu coração estava pesado de medo, mas dentro de seu peito, uma centelha de determinação brilhava. A Mistywood era diferente de tudo que Lila já havia visto. As árvores eram antigas, seus galhos retorcidos entrelaçando se para formar um dossel que bloqueava o céu. O ar estava denso com o cheiro de musgo e terra, e os únicos sons eram o farfalhar das folhas e o distante hoot de uma coruja.
Lila caminhou cautelosamente, a faca em mãos. As histórias que ouvira sobre a floresta voltaram à sua mente contos de sussurros que desviavam viajantes, de cipós que se moviam como cobras e de sombras que observavam dos cantos de sua visão. Mas, apesar de seu medo, ela seguiu em frente. Seu primeiro desafio surgiu na forma de um rio. Era largo e de correnteza rápida, sem ponte ou passagem visível. Enquanto ela estava na margem, ponderando suas opções, uma voz chamou. "Perdida, estamos?" Lila se virou para ver uma raposa sentada em uma pedra, seu pelo flamejante brilhando na luz tênue. "Quem. quem é você?" ela gaguejou. "Eu sou Finn," respondeu a raposa com um sorriso traiçoeiro. "E você está invadindo a Mistywood. Por que você está aqui, pequena humana?" Lila hesitou, insegura se podia confiar na criatura. Mas algo em seus olhos brilhantes e inteligentes a tranquilizou. "Eu busco a pérola da floresta," disse ela.
"Minha vila está em perigo, e eu preciso recuperá la. " A raposa inclinou a cabeça. "Uma nobre missão para uma tão pequena. Muito bem, eu a ajudarei por um preço. " "Que preço?" Lila perguntou cautelosamente. "Uma canção," respondeu Finn. "Cante me uma canção, e eu a guiarei através do rio. " Lila franziu a testa. Ela não era uma barda, mas lembrava se de uma canção de ninar que sua mãe costumava cantar quando era criança. Respirando fundo, ela começou a cantar, sua voz suave, mas firme _"Oh, pequeno pardal, suba aos céus, Abra suas asas e aprenda a voar. Através das provações, através da tempestade, Encontre sua força, renasça. "_ As orelhas de Finn se ergueram, e ele parecia genuinamente satisfeito. "Nada mal," disse ele. "Siga me.
" A raposa a levou a uma série de pedras escondidas sob a água corrente. Com a orientação de Finn, Lila atravessou o rio em segurança. Ao chegar do outro lado, a raposa piscou para ela e desapareceu na vegetação. Quanto mais Lila se aprofundava na floresta, mais traiçoeira ela se tornava. Ela enfrentou espinhos que rasgavam suas roupas, ilusões que a faziam duvidar de seus sentidos e estranhas criaturas que testavam sua coragem. Mas a cada desafio, ela se tornava um pouco mais corajosa, um pouco mais forte. Uma noite, enquanto descansava sob uma árvore, foi abordada por uma figura brilhante uma dríade, o espírito da floresta. A voz da dríade era como o farfalhar das folhas. "Por que você busca a pérola, filha dos homens?" ela perguntou. Lila explicou sua missão, sua voz cheia de medo e determinação. A dríade escutou em silêncio antes de acenar com a cabeça. "A pérola é um presente e uma maldição," ela disse. "Ela possui o poder de curar ou destruir.
Para reivindicá la, você deve provar que seu coração é puro. " "Como?" Lila perguntou. "Você saberá quando o momento chegar," respondeu a dríade de maneira enigmática. Ela colocou a mão no ombro de Lila, e um calor se espalhou por todo seu corpo. "Lembre se disto a maior força não está no corpo, mas na alma. " Com isso, a dríade desapareceu, deixando Lila com mais perguntas do que respostas. Finalmente, após dias de viagem, Lila chegou ao coração da Mistywood. Diante dela se erguia uma árvore colossal, seu tronco mais largo do que qualquer um que ela já havia visto. Na sua base havia um oco, e dentro dele, a pérola um orbe radiante que pulsava com uma suave luz dourada. Mas, ao dar um passo à frente, o chão tremeu. A Besta emergiu das sombras, sua forma imponente e terrível. Seus olhos queimavam como fogo, e seu rugido era um estrondo que ecoava pela floresta. "Você ousa levar o que é meu?" rugiu a Besta.
Os joelhos de Lila tremiam, mas ela manteve se firme. "Não o tomo para mim," disse ela, sua voz firme apesar do medo. "Eu o tomo para salvar minha vila. " A Besta rosnou. "Sua espécie não fez nada além de prejudicar esta floresta. Por que eu deveria ajudá la?" Lila pensou nas palavras da dríade. "Porque podemos mudar," disse ela. "Porque podemos aprender. E porque até mesmo o menor pardal pode fazer a diferença. " A Besta hesitou, seus olhos ardentes a estudando. "Um pardal, você diz?" Lila acenou com a cabeça, apertando o amuleto de madeira ao redor de seu pescoço. "Posso não ser uma guerreira ou uma heroína, mas tenho coragem para tentar. E às vezes, isso é o suficiente.
" Por um longo momento, a Besta permaneceu em silêncio. Então, ela se afastou. "Tome a pérola," disse ela. "Mas lembre se seu poder deve ser usado sabiamente. " Lila se aproximou do oco, seu coração batendo forte. Ela estendeu a mão e pegou a pérola, seu calor preenchendo a com uma sensação de paz e propósito. Quando Lila retornou a Windmere, a vila explodiu em aplausos. A magia da pérola restaurou a terra, curando as colheitas e afugentando a sombra da Besta. Lila foi aclamada como uma heroína, mas permaneceu humilde, sabendo que sua jornada lhe ensinou mais do que ela poderia ensinar aos outros. Ela voltou a tecer, mas suas tapestries agora contavam histórias de coragem, resiliência e esperança. E toda vez que olhava para o pardal de madeira ao redor de seu pescoço, ela sorria, sabendo que até os menores entre nós podem alcançar grandes alturas. E assim, Windmere prosperou, e a história de Lila foi passada através de gerações um lembrete de que a verdadeira força não vem do poder, mas do coração. 🕊️ O Fim.
Ela achava que suas habilidades de tecelagem não eram importantes em comparação com as habilidades dos outros.
A Besta de Mistywood ameaçou destruir a aldeia a menos que fosse recuperada.
Uma raposa esperta chamada Finn a guiou em troca de uma canção.
A dríade disse que a verdadeira força vem da alma, não do corpo.
Ela disse à Besta que os humanos podiam mudar e até o menor dos pardais poderia fazer a diferença.
Ela curou as colheitas e trouxe paz de volta à terra.
Ela aprendeu que coragem e determinação tornam até a menor pessoa importante.