História do Herói

O Bondoso Inventor Que Fez Amizade Com Um Temível Dragão

Era uma vez, em uma pequena e movimentada aldeia aninhada em um vale exuberante cercado por montanhas altas, uma jovem peculiar chamada Maribel. Ela não era o tipo de pessoa que se imaginaria como uma heroína. Maribel era quieta, discreta e frequentemente ignorada pelos outros em sua cidade. Ela não tinha músculos grandes, nem armadura brilhante, nem poderes especiais. Não era particularmente rápida ou forte, mas o que lhe faltava em proeza física, ela compensava com uma mente extraordinária e um coração cheio de bondade. Maribel passava a maior parte do seu tempo mexendo em sua oficina, um espaço bagunçado recheado de engrenagens, molas e pedaços de metal. Ela adorava criar pequenas invenções para ajudar seus vizinhos um moinho de grãos movido a vento para o moleiro, um sistema de autoirrigação para os jardins da cidade e até um dispositivo que poderia tocar melodias suaves para bebês inquietos. Apesar de suas muitas contribuições, ela frequentemente era desprezada porque não se encaixava na imagem de uma "heroína" ou de alguém que pudesse fazer uma diferença significativa. No entanto, Maribel não se importava muito. Ela estava contente em resolver pequenos problemas e trazer alegria às pessoas ao seu redor à sua maneira silenciosa.
O Inventor E O Dragão Uma História De Coragem E Bondade - 1
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Um dia, uma sombra caiu sobre a aldeia, literalmente. Uma densa neblina escura começou a descer das montanhas, cobrindo o vale em uma escuridão estranha. As colheitas começaram a murchar, os rios diminuíram para um fio, e o alegre piar dos pássaros foi substituído por um silêncio opressivo. Os aldeões sussurravam sobre uma terrível maldição, e logo descobriram a fonte de seus problemas um dragão temível chamado Umbra, que havia feito seu covil nas altas montanhas. Umbra não era um dragão comum. Diziam que seu próprio hálito carregava desespero e que seu olhar poderia transformar o mais valente dos guerreiros em uma concha trêmula de seu antigo eu. Os aldeões estavam aterrorizados. Eles imploraram ao rei para enviar cavaleiros em seu auxílio, mas cada cavaleiro que se aventurava nas montanhas voltava de mãos vazias ou não voltava de jeito nenhum. A desesperança crescia, assim como o desespero que pairava sobre a aldeia. Maribel ouviu os gritos dos aldeões e observou enquanto seus vizinhos se tornavam mais sem esperança a cada dia que passava.
O Inventor E O Dragão Uma História De Coragem E Bondade - 2
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Ela não suportava ver sua casa, seus amigos e sua família sofrerem. Apesar de seu medo, Maribel decidiu que precisava fazer algo. Ela não sabia como enfrentaria o dragão, mas sabia que precisava tentar. Quando anunciou suas intenções, os aldeões ficaram incrédulos. "Maribel?", zombaram. "O que você poderia fazer? Você é apenas uma inventora. Você não é uma guerreira nem uma maga. Você vai se matar!" Mas Maribel estava resoluta. "Eu posso não ser uma guerreira", ela disse, "mas eu posso pensar e posso criar. E às vezes, as maiores batalhas são vencidas com astúcia, não com força bruta.
O Inventor E O Dragão Uma História De Coragem E Bondade - 3
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" Com isso, ela começou a se preparar para sua jornada. Ela encheu sua mochila com ferramentas, pedaços de metal, uma corda e um pequeno espelho. Ela também levou uma flauta simples, uma herança de sua falecida mãe, que sempre lhe dissera que a música poderia acalmar até os corações mais irritados. A subida pela montanha foi árdua. O ar ficou mais frio e mais rarefeito à medida que Maribel subia, e o caminho era traiçoeiro. Mas ela persistiu, impulsionada por sua determinação em salvar sua aldeia. Pelo caminho, encontrou sinais da presença do dragão árvores queimadas, marcas de garras em rochas e o ocasional monte de ossos. Ela tremia, mas se recusava a voltar. Após vários dias, Maribel finalmente alcançou o covil do dragão, uma abertura cavernosa na lateral da montanha. O ar estava denso com o cheiro de enxofre, e o chão estava coberto de restos carbonizados.
O Inventor E O Dragão Uma História De Coragem E Bondade - 4
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Reunindo toda a coragem, Maribel entrou. A caverna era enorme, suas paredes brilhavam com cristais semelhantes a obsidiana que refletiam a luz fraca. No fundo da câmara estava Umbra, um enorme dragão negro com olhos que brilhavam como ouro derretido. A criatura era ainda mais aterrorizante do que as histórias descreviam. Suas escamas brilhavam como vidro escuro, e suas enormes asas estavam dobradas contra seus flancos. Maribel respirou fundo e avançou. "Umbra", ela chamou, sua voz tremendo, mas firme. "Eu vim para falar com você. " Os olhos do dragão se abriram de repente, e ele levantou sua enorme cabeça para encará la. Sua voz rumorejava como um trovão distante.
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"Quem ousa perturbar meu covil? Outro cavaleiro tolo que veio perecer?" "Eu não sou um cavaleiro", Maribel respondeu. "Sou apenas uma inventora da aldeia abaixo. Vim perguntar por que você amaldiçoou nosso vale. " Umbra estreitou os olhos, claramente surpreso com sua ousadia. "Por que eu deveria me explicar a um mero mortal?", ele zombou. Maribel manteve sua posição. "Porque eu acredito que há uma razão por trás de suas ações. Você não foi sempre assim, foi? Algo deve ter acontecido para torná lo tão bravo, tão cheio de desespero. " Por um momento, o dragão não disse nada. Então, ele soltou um baixo rosnado.
O Inventor E O Dragão Uma História De Coragem E Bondade - 6
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"Você presume entender me, pequena humana? Muito bem. Vou lhe dar atenção por enquanto. " Umbra começou a falar, sua voz ecoando pela caverna. Há muito tempo, ele explicou, era um guardião do vale, protegendo a terra e seu povo. Mas os aldeões cresceram gananciosos, cortando as florestas e minerando as montanhas sem se importar com o equilíbrio da natureza. Quando Umbra tentou avisá los, eles se voltaram contra o dragão, expulsando o com fogo e aço. Amargo e traído, Umbra se retirou para as montanhas, prometendo fazer os aldeões sentir a dor que ele havia suportado. Maribel ouviu atentamente, seu coração doendo tanto pelo dragão quanto por sua aldeia. "Sinto muito pelo que aconteceu com você, Umbra", ela disse suavemente. "O que os aldeões fizeram foi errado.
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Mas feri los não curará sua dor, só a tornará pior. " Os olhos do dragão brilharam com incerteza. "E o que você gostaria que eu fizesse, pequena inventora? Perdoar e esquecer? Deixar que eles destruam o que resta desta terra?" "Não", Maribel respondeu. "Mas talvez possamos encontrar uma maneira de restaurar o equilíbrio juntos. Você não precisa ser nosso inimigo, Umbra. Você poderia ser nosso aliado mais uma vez. " O dragão zombou. "E por que eu deveria confiar em você? O que você poderia fazer para consertar o que foi quebrado?" Maribel alcançou sua mochila e puxou o espelho. Ela o ergueu, permitindo que Umbra visse seu próprio reflexo. "Porque eu acredito que, no fundo, você ainda é o guardião que uma vez foi.
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E eu quero ajudar você a se tornar isso novamente. " Umbra olhou para seu reflexo por um longo momento, seus olhos derretidos suavizando se ligeiramente. Finalmente, ele falou. "Muito bem, pequena inventora. Eu lhe darei uma chance. Mas se você falhar, não pouparei sua aldeia. " Maribel acenou, sua mente correndo com ideias. Nos dias seguintes, ela trabalhou incansavelmente no covil do dragão, usando suas ferramentas e materiais para elaborar um plano. Ela propôs uma série de soluções replantar as florestas com mudas, criar sistemas de irrigação para reabastecer os rios e instalar moinhos de vento para fornecer energia sem prejudicar o meio ambiente. Ela até convenceu Umbra a usar seu hálito flamejante para forjar novas ferramentas para os aldeões.
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Quando Maribel retornou à aldeia com Umbra ao seu lado, os aldeões ficaram aterrorizados. Mas Maribel rapidamente explicou a situação e compartilhou seu plano. Embora céticos no início, os aldeões acabaram concordando em trabalhar juntos com o dragão para curar a terra. Com o tempo, o vale começou a se recuperar. As florestas cresceram exuberantes e verdes, os rios fluíram livremente mais uma vez, e a névoa escura se dissipou. Umbra, não mais sobrecarregado pela raiva, tornou se o guardião do vale novamente, vigiando a terra e seu povo. E Maribel, a inventora discreta, foi aclamada como uma heroína não por causa de sua força ou poder, mas por sua astúcia, bondade e crença inabalável de que até os maiores males poderiam ser superados com compreensão e cooperação. E assim, a aldeia e seu guardião viveram em harmonia, um exemplo brilhante do que poderia ser alcançado quando pessoas e dragões trabalhavam juntos por um bem comum. Maribel voltou para sua oficina, contente em continuar inventando, sabendo que havia feito a diferença à sua maneira silenciosa. Fim.
O Inventor E O Dragão Uma História De Coragem E Bondade - 10
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Ela usou suas invenções e bondade para resolver problemas

Os aldeões destruíram a natureza, machucando o dragão

Ela trouxe ferramentas, um espelho, uma flauta e sua coragem

Eles achavam que ela não era forte ou heroica o suficiente

Ela ouviu sua história e ofereceu ajuda para consertar as coisas

Eles replantaram árvores e consertaram os rios juntos

Sua astúcia, bondade e compreensão trouxeram paz

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