Na tranquila vila de Willowbrook, aninhada entre uma densa floresta e um rio cintilante, vivia um homem peculiar chamado Terrence Tinker. Terrence não parecia um herói, nem se comportava como um, ou pelo menos era isso que os aldeões pensavam. Ele era baixo, com óculos redondos que sempre pareciam escorregar pelo nariz, e tinha uma mecha de cabelo rebelde que desafiava a lógica dos pentes. Terrence não era um guerreiro ou um caçador. Não vestia armadura reluzente nem usava espada. Em vez disso, passava a maior parte do tempo mexendo em sua oficina, cercado por engrenagens, molas e invenções inacabadas que zumbiam e clicavam de maneiras misteriosas. Os aldeões frequentemente balançavam a cabeça para Terrence. "Ele é um sonhador", diziam. "Que valor tem um homem que gasta todo o seu tempo brincando com gadgets inúteis? Mas Terrence não se importava.
Ele estava contente em construir e inventar, preenchendo seus dias com criatividade silenciosa e a ocasional faísca de inspiração. Um dia, uma sombra escura caiu sobre Willowbrook. Um temível dragão chamado Malgrath desceu das montanhas, com escamas negras como carvão e olhos ardendo de malícia. O dragão exigiu um tributo de ouro, comida e gado ou então queimaria a vila até o chão. Os aldeões estavam aterrorizados. Eles não tinham o suficiente para satisfazer as exigências de Malgrath e ainda sobreviver ao rigoroso inverno que se aproximava. Desesperados, convocaram uma reunião para decidir o que fazer. "Precisamos de um herói!", declarou o ferreiro da vila, um homem robusto com braços como troncos de árvore. "Alguém corajoso e forte para matar o dragão!""Mas quem?", perguntou a padeiro, torcendo suas mãos cobertas de farinha.
"Nenhum de nós sabe como lutar contra um dragão!" Enquanto os aldeões discutiam e desesperavam, Terrence levantou a mão silenciosamente. "Eu irei", disse ele. A sala caiu em silêncio. Então, risadas irromperam. "Você?", zombou o ferreiro. "Terrence, você não conseguiria nem afastar uma galinha perdida, quanto mais um dragão!" Terrence ajustou seus óculos e sorriu. "Não pretendo lutar contra o dragão", disse ele. "Mas acredito que posso superá lo em astúcia. " Os aldeões estavam céticos, mas não tinham outros voluntários.
Relutantemente, concordaram em deixar Terrence tentar. "Apenas não torne as coisas piores", advertiu o prefeito. Na manhã seguinte, Terrence colocou um saco com algumas de suas invenções e partiu em direção à caverna do dragão. A jornada foi longa e traiçoeira, mas Terrence não se deixou abater. Ao longo do caminho, encontrou desafios que testaram não sua força, mas sua inteligência. Quando chegou a uma ponte precária balançando sobre um profundo abismo, ele usou um gancho que havia construído para garantir uma passagem segura. Quando foi perseguido por uma matilha de lobos famintos, ele os distraiu com um pássaro mecânico que cantava e debulhava, levando os para longe. Finalmente, Terrence alcançou a entrada da caverna do dragão. O ar estava carregado de fumaça e o chão coberto de ossos carbonizados.
Respirando fundo para acalmar os nervos, Terrence entrou. Malgrath era ainda mais aterrorizante de perto. A forma massiva do dragão preenchia a caverna, e seu hálito flamejante iluminava as paredes irregulares. "Quem ousa entrar no meu domínio?", rugiu, sua voz fazendo a terra tremer. Terrence ajustou seus óculos e avançou. "Meu nome é Terrence Tinker", disse calmamente. "Vim fazer um acordo. " O dragão piscou surpreso. Esperava um cavaleiro com armadura reluzente, não um homem de óculos com um saco.
"Um acordo?", resmungou. "O que um humano insignificante como você poderia me oferecer?" Terrence enfiou a mão em sua bolsa e puxou um pequeno dispositivo. Era uma caixa de música, intricadamente elaborada e adornada com minúsculas engrenagens. Ele a deu corda e a colocou no chão. A caixa começou a tocar uma melodia assombrosamente bela, suas notas ecoando pela caverna. Malgrath inclinou a cabeça massiva, intrigado. "Eu posso criar maravilhas como esta", disse Terrence. "E posso fazê las para você.
Tudo o que peço em troca é que você deixe Willowbrook em paz. " O dragão bufou, enviando uma pluma de fumaça ao ar. "E por que eu deveria concordar com isso? Que utilidade tenho para suas trinkets?" Terrence sorriu. "Porque mesmo um dragão pode ficar entediado," disse ele. "Imagine ter uma coleção de maravilhas para lhe entreter por séculos. Caixas de música que tocam melodias eternas, pássaros mecânicos que voam, quebra cabeças que nunca podem ser resolvidos. Eu posso fazer essas coisas para você. " Malgrath considerou isso.
Era verdade que a vida como um dragão poderia ser monótona. A ideia de possuir tais tesouros únicos era tentadora. Mas o dragão não estava totalmente convencido. "Como sei que você não está tentando me enganar?", rosnou. Terrence pensou por um momento e então puxou outra invenção um pequeno rato mecânico que corria pelo chão da caverna. O dragão observou, fascinado, enquanto o rato corria em pequenas rodas, sua cauda se mexendo. Malgrath estendeu uma garra para tocá lo, e o rato virou, revelando um compartimento oculto cheio de pedras preciosas brilhantes. "Isto é apenas uma amostra do que posso criar", disse Terrence.
"Se você concordar com meus termos, eu lhe farei mais. " Após uma longa pausa, o dragão assentiu. "Muito bem", disse. "Você tem um acordo. Mas se você falhar em entregar, eu retornarei e, desta vez, não haverá misericórdia. " Terrence voltou a Willowbrook um herói, embora não da maneira que todos esperavam. Nas semanas seguintes, ele criou uma série de dispositivos engenhosos para Malgrath, cada um mais deslumbrante que o anterior. Fiel à sua palavra, o dragão deixou a vila em paz, contente com seus novos tesouros.
Os aldeões logo perceberam que haviam julgado Terrence mal. Sua astúcia e bondade os salvaram quando a força bruta não pôde. Eles começaram a ver o valor em suas invenções, e a oficina de Terrence se tornou um lugar de maravilhas e inspiração. Crianças vinham aprender com ele, e até mesmo o ferreiro cético buscava seu conselho sobre como melhorar suas ferramentas. Quanto a Malgrath, o dragão se tornou um curioso aliado da vila, ocasionalmente voando para deixar materiais raros para as invenções de Terrence. Parecia que o dragão havia se afeiçoado ao pequeno inventor que o superou não com violência, mas com engenhosidade e compaixão. E assim, Willowbrook prosperou, seu povo unido pela lição de que o verdadeiro heroísmo não é sobre parecer o herói, mas sobre usar seus talentos únicos para tornar o mundo um lugar melhor. Terrence Tinker, o herói mais improvável, tornou se um símbolo de esperança e criatividade, provando que mesmo os menores entre nós podem alcançar grandes coisas com uma mente astuta e um coração bondoso.
Na tranquila vila de Willowbrook.
Ele gosta de inventar e mexer com gadgets.
Ele exigiu ouro, comida e gado dos aldeões.
Ele planejou superá-lo usando suas invenções.
Ela tocou uma bela melodia que fascinou o dragão.
Sim, o dragão concordou em deixar a vila em paz.
Ela ensina que esperteza e bondade podem resolver problemas.