Era uma vez, em uma pequena e tranquila vila cercada por colinas ondulantes e riachos cintilantes, um menino chamado Oliver. Oliver tinha seis anos, cabelo loiro arenoso e grandes olhos verdes curiosos. Ele adorava a hora de dormir, não porque gostasse de dormir, mas porque todas as noites sua mãe contava a ele uma história mágica sobre as estrelas, a lua e as maravilhas do mundo além.
O lugar favorito de Oliver em todo o mundo era sua pequena janela do quarto. Todas as noites, antes de adormecer, ele se sentava perto da janela com seu bichinho de pelúcia, Hugo, e observava a lua. Ele adorava como ela brilhava intensamente, pintando o mundo com uma luz prateada. Isso o fazia imaginar como seria visitar a lua um dia. "Mamãe, você acha que a lua está viva?" ele costumava perguntar, e sua mãe sorria e respondia "A lua tem uma maneira de vigiar todos nós. Talvez um dia ela compartilhe seus segredos com você."
Uma noite em particular, a lua parecia maior e mais brilhante do que nunca. Sua luz prateada enchia o quarto de Oliver, projetando suaves sombras nas paredes. Ele abraçou Hugo com força e subiu na cama. Mas assim que fechou os olhos para dormir, ouviu uma voz suave um sussurro gentil, como uma brisa levando palavras.
"Oliver," a voz chamou. "Oliver, precisamos de você."
Oliver sentou se espantosamente, seu coração disparando. "Quem está aí?" ele sussurrou de volta, olhando ao redor de seu quarto. Ele não conseguia ver ninguém, mas a luz da lua parecia brilhar como se estivesse viva.
"Não tenha medo," a voz disse. "Olhe para a sua janela."
Oliver se virou para a janela e ficou maravilhado. Pairando bem do lado de fora estava uma escada prateada brilhante que ia até o céu. Na base da escada estava uma criatura diferente de qualquer coisa que Oliver já tivesse visto. Era um ser pequeno e redondo que brilhava como poeira estelar, com bracinhos e perninhas minúsculas e um rosto que brilhava como uma lanterna quente. Ele tinha olhos brilhantes e piscantes e falava com a mesma voz suave.
"Olá, Oliver," a criatura disse. "Meu nome é Luna. Eu sou uma Mensageira da Lua."
Oliver ficou de boca aberta, espantado. "Uma Mensageira da Lua? Por que você está aqui?"
"A lua está em apuros," Luna explicou, sua luz piscando levemente. "Há uma pedra mágica chamada Coração Lunar que mantém a lua brilhando intensamente. Mas ela perdeu seu brilho e a lua está se tornando mais fraca. Sem ela, a noite perderá sua magia e os sonhos desaparecerão."
O coração de Oliver afundou. "Isso é terrível! Como posso ajudar?"
Os olhos de Luna brilharam. "Você tem um coração bondoso e um espírito corajoso, Oliver. A lua escolheu você para ajudar a encontrar a luz perdida do Coração Lunar. Você virá comigo em uma jornada ao Céu Iluminado?"
Oliver hesitou por apenas um momento antes de acenar com a cabeça. "Sim, vou ajudar. Vamos lá!"
Luna sorriu e flutuou em direção à escada brilhante. "Suba, Oliver. A lua está esperando."
Oliver agarrou Hugo, respirou fundo e começou a subir a escada prateada. À medida que subia cada vez mais alto, a vila abaixo ficava cada vez menor até desaparecer à distância. As estrelas brilhavam ao seu redor e o ar parecia fresco e mágico. Quando ele chegou ao topo, encontrou se em pé na superfície da lua.
A lua era mais bonita do que Oliver jamais imaginou. Sua superfície brilhava como diamantes, e o ar vibrava com uma doce e suave melodia. Mas havia uma tristeza no ar também. A luz da lua estava mais fraca do que deveria, e as estrelas acima pareciam brilhar menos intensamente.
Oliver se virou para ver uma figura alta e graciosa em pé em uma plataforma brilhante. A Rainha da Lua usava um vestido que brilhava como prata líquida e uma coroa feita de estrelas. Seu rosto era gentil, mas cheio de preocupação.
"Bem vindo, Oliver," disse a Rainha da Lua com uma voz melódica. "Obrigado por responder ao nosso chamado."
"Quero ajudar," disse Oliver. "O que aconteceu com o Coração Lunar?"
A Rainha da Lua suspirou. "A luz do Coração Lunar foi roubada por um ser sombrio chamado Vento Noturno. O Vento Noturno está escondido no Vale das Sombras e se recusa a devolver a luz. Sem ela, a lua não pode brilhar e os sonhos do mundo se apagarão."
Oliver sentiu um arrepio de determinação. "Eu vou trazer a luz de volta. Onde fica o Vale das Sombras?"
A Rainha da Lua apontou para um caminho que serpenteava por crateras brilhantes e colinas cintilantes. "Siga este caminho, mas tenha cuidado. O Vale das Sombras é traiçoeiro. Você deve usar sua coragem e bondade para encontrar o seu caminho."
Luna flutuou ao seu lado. "Eu vou te guiar, Oliver. Você não está sozinho."
Oliver partiu, segurando Hugo firmemente. O caminho era bonito, mas misterioso. A superfície da lua brilhava sob seus pés, e de vez em quando, ele via pequenas criaturas brilhantes espiando por trás das rochas. Elas pareciam pequenas vagalumes, mas com corpos como estrelas.
Enquanto Oliver e Luna viajavam, chegaram a um rio prateado brilhante que bloqueava seu caminho. Não havia ponte à vista, e a água brilhava como luz líquida.
"Como iremos atravessar?" Oliver se perguntou.
Luna apontou para um grupo de criaturas semelhantes a estrelas do mar flutuando perto da margem do rio. "Peça ajuda a elas. A magia muitas vezes responde à bondade."
Oliver se ajoelhou e disse "Olá, vocês podem nos ajudar a atravessar o rio? Estamos tentando salvar a lua."
As criaturas estrelas do mar brilharam e formaram uma ponte brilhante sobre a água. "Vocês podem atravessar," disseram em suas vozes musicais e delicadas. Oliver e Luna as agradeceram e cuidadosamente atravessaram.
Em seguida, entraram em uma área escura e nebulosa onde o caminho desapareceu. Sussurros estranhos preenchiam o ar, e sombras dançavam ao redor deles.
"Este é o Vale das Sombras," sussurrou Luna. "Não confie no que você vê. Confie em seu coração."
Oliver fechou os olhos e pensou nas palavras da Rainha da Lua. Ele respirou fundo e lembrou se do motivo pelo qual estava ali ajudar a lua e trazer de volta a magia da noite. Quando abriu os olhos, as sombras desapareceram, revelando um caminho claro à frente.
Ao final do caminho, encontraram o Vento Noturno. Era uma figura sombria e giratória com olhos vermelhos brilhantes, segurando a luz do Coração Lunar em seu agarrar esfumaçado.
"Quem se atreve a vir aqui?" o Vento Noturno sibilou.
"Eu sou Oliver," disse ele corajosamente. "Vim pegar de volta a luz do Coração Lunar. A lua precisa dela para brilhar, e o mundo precisa de seus sonhos."
"Por que eu deveria dar isso a você?" rosnou o Vento Noturno. "Eu gosto da luz. Agora é minha."
"Mas a luz não pertence a você," disse Oliver. "Ela pertence a todos. A lua compartilha sua luz com todo o mundo, e é isso que a torna especial. Se você mantiver para si mesmo, o mundo ficará escuro, e mesmo você perderá a beleza da noite."
O Vento Noturno hesitou, sua forma sombria piscando. "Você acredita que a luz deve ser compartilhada?"
"Sim," Oliver disse sinceramente. "Compartilhar traz felicidade. Por favor, deixe o Coração Lunar brilhar novamente."
O Vento Noturno ficou em silêncio por um longo momento, então lentamente liberou a luz. Ela flutuou em direção a Oliver, brilhando cada vez mais. "Você tem um coração bondoso," disse o Vento Noturno. "Leve a."
Oliver cuidadosamente pegou a luz e a colocou de volta no Coração Lunar. Instantaneamente, o brilho da lua retornou, mais brilhante e mais bonita do que nunca. As estrelas brilhavam alegremente e o ar se encheu com uma suave e mágica melodia.
"Você conseguiu!" Luna comemorou, girando no ar.
Oliver sorriu, seu coração cheio de orgulho. "Vamos levar de volta para a Rainha da Lua."
Quando retornaram, a Rainha da Lua estava esperando com os braços abertos. "Você salvou a lua, Oliver," disse ela. "Por causa de sua coragem e bondade, o Coração Lunar brilha mais uma vez."
A Rainha da Lua tocou o ombro de Oliver, e uma luz prateada quente o cercou. "É hora de você retornar para casa," disse ela. "Mas lembre se, a lua sempre vigiará você."
Num piscar de olhos, Oliver estava de volta em sua cama, segurando Hugo. A lua do lado de fora de sua janela brilhava mais do que nunca, lançando um brilho suave sobre a vila. Oliver sorriu e fechou os olhos, sonhando com rios brilhantes, estrelas cintilantes e a mágica jornada que ele nunca esqueceria.
Fim.