Era uma vez, em uma pequena cidade aconchegante cercada por colinas ondulantes e rios cintilantes, vivia um menino chamado Henry. Henry tinha 6 anos, cabelo loiro e cacheado, e olhos azuis brilhantes cheios de curiosidade. Todas as noites, antes de dormir, Henry olhava pela janela para o vasto céu cintilante. Ele adorava observar as estrelas enquanto iluminavam o mundo com seu brilho suave. Sua favorita era a Estrela do Norte, que parecia brilhar mais intensamente.
Henry costumava dizer à sua mãe "Quando eu crescer, vou visitar as estrelas! Vou viajar pelo espaço e conhecê las uma a uma!"
Sua mãe sorria gentilmente, o cobria com o edredom e dizia "Talvez você as visite em seus sonhos, meu pequeno aventureiro."
O que Henry não sabia era que aquela noite seria diferente de todas as outras.
Conforme a lua subia mais alto no céu, Henry deitava se em sua cama, encolhido sob seu cobertor azul e quente. Assim que começou a adormecer, uma luz suave e prateada preenchia seu quarto. Ele abriu os olhos lentamente e viu algo incrível uma pequena estrela, não maior que sua mão, pairando perto da janela.
"Olá, Henry," disse a estrela com uma voz que soava como uma caixa de música. Sua luz brilhava suavemente, não ofuscando seus olhos, mas suficiente para fazer todo o quarto brilhar.
Henry sentou se, com os olhos arregalados. "Você é... você é uma estrela! Você é real?" ele perguntou, mal acreditando no que via.
A estrela riu. "Oh, eu sou muito real! Meu nome é Nova, e vim pedir sua ajuda."
"Ajuda? Eu?" Henry perguntou, apontando para si mesmo.
"Sim," disse Nova, rodopiando suavemente no ar. "Uma das estrelas, minha irmã Stella, se perdeu. Ela caiu do céu e não sabe como voltar para casa. O céu não estará completo sem ela. Você virá comigo para ajudar a trazê la de volta?"
O coração de Henry disparou de empolgação. "Claro, eu vou ajudar! Mas como vamos chegar lá?"
Nova girou, deixando um rastro de poeira cintilante no ar. "Segure minha luz, e eu te levarei até as estrelas."
Henry estendeu a mão, e assim que tocou Nova, sentiu se levantar da cama. O quarto desapareceu, e antes que percebesse, estava voando pelo ar fresco da noite, segurando a luz de Nova. Ele passou por árvores, telhados e nuvens, até que se viu flutuando em um lugar mágico, alto acima do mundo.
O céu noturno parecia vivo. Estrelas brilhavam e dançavam, cometas zumbiam, e planetas giravam lentamente ao longe. Henry mal podia acreditar em seus olhos.
"Uau!" ele exclamou. "Isto é mais bonito do que eu jamais imaginei."
Nova sorriu. "O céu noturno é nosso lar. Agora, vamos encontrar Stella."
Enquanto deslizavam pelo céu, encontraram uma lua crescente, sorrindo para eles.
"Olá, Henry," disse a lua com uma voz suave e baixa. "O que te traz aqui esta noite?"
"Estamos procurando Stella," explicou Henry. "Ela está perdida e não consegue encontrar o caminho de volta para o céu."
A lua inclinou sua crescente pensativamente. "Ah, sim, eu vi uma estrela brilhante cair em direção à Floresta dos Desejos. Vocês devem olhar lá."
"Obrigado, Senhor Lua!" Henry e Nova disseram juntos antes de partirem em direção à Floresta dos Desejos.
Quando chegaram, Henry viu a floresta brilhando suavemente com luzes minúsculas, cada uma representando um desejo feito por alguém na Terra. As árvores brilhavam como se estivessem decoradas com vagalumes, e o ar cheirava doce, como flores em flor.
De repente, Henry e Nova ouviram uma voz suave e triste. "Olá? Tem alguém aí?"
"É a Stella!" disse Nova, correndo em direção à voz.
Eles encontraram uma estrela linda sentada em um macio tapete de musgo sob uma árvore gigante. A luz de Stella estava fraca, e ela parecia preocupada.
"Stella!" Nova gritou, flutuando perto dela. "Estamos procurando por você! Você está bem?"
"Eu... eu me perdi," disse Stella, sua voz tremendo. "Não sei como voltar para o céu."
"Não se preocupe," disse Henry gentilmente. "Nós vamos te ajudar. É para isso que estamos aqui."
Stella se iluminou um pouco. "Obrigada, mas... há um problema. Minha luz está muito fraca agora. Não consigo flutuar de volta sozinha."
Henry franziu a testa, pensando muito. "Como podemos tornar sua luz forte novamente?"
Nova pensou por um momento. "As estrelas brilham quando sentem esperança, felicidade e bondade. Talvez possamos encontrar algo aqui na Floresta dos Desejos para ajudar Stella a sentir essas coisas novamente."
Henry olhou ao redor. A floresta estava cheia de luzes brilhantes, cada uma representando um desejo. Ele caminhou até a árvore mais próxima e estendeu a mão para tocar uma das luzes. Assim que o fez, ouviu um sussurro "Eu desejo que minha família seja feliz."
Henry sorriu. "Esses desejos estão cheios de bondade e esperança! Talvez Stella possa segurar um deles."
Nova acenou com a cabeça com entusiasmo. "Vamos tentar!"
Henry cuidadosamente arrancou o desejo brilhante da árvore e o trouxe para Stella. Assim que ela o tocou, sua luz ficou um pouco mais brilhante.
"Está funcionando!" disse Stella, sorrindo pela primeira vez.
Eles se moveram de árvore em árvore, coletando mais desejos desejos por amor, por alegria, por risadas. Cada um fazia a luz de Stella ficar mais e mais forte. Finalmente, após tocar um desejo que sussurrava "Eu desejo que todos se sintam amados," a luz de Stella brilhava tão intensamente quanto a Estrela do Norte.
"Estou me sentindo forte novamente!" exclamou Stella, rodopiando no ar. "Obrigada, Henry. Obrigada, Nova."
"Você está pronta para voltar para casa agora?" perguntou Henry.
"Sim," disse Stella, sua voz cheia de felicidade. "Mas como vamos voltar?"
Nova sorriu. "Usaremos a Ponte do Céu."
Henry olhou ao redor. "Ponte do Céu? Onde fica isso?"
Nova apontou para cima, e Henry viu uma deslumbrante ponte arco íris feita de luzes de estrelas cintilantes. Ela se estendia por todo o céu, levando de volta aos céus estrelados.
"Uau," Henry sussurrou. "É linda."
Os três flutuaram até a Ponte do Céu. Enquanto cruzavam, Henry sentiu como se estivesse caminhando através de um sonho. As estrelas ao seu redor brilhavam alegremente, como se estivessem recebendo Stella de volta para casa.
Quando chegaram às outras estrelas, todas se reuniram ao redor de Stella, torcendo e cantando em suaves vozes melódicas. Stella se virou para Henry e disse "Nunca esquecerei sua bondade. Obrigada por me ajudar a encontrar meu caminho de volta para casa."
Henry sorriu. "Estou feliz por poder ajudar."
Nova flutuou perto de Henry. "É hora de te levar de volta para a sua cama, pequeno aventureiro."
Henry acenou com a cabeça, sentindo se um pouco triste que sua jornada estava chegando ao fim, mas feliz por ter feito parte de algo tão mágico.
Num piscar de olhos, Nova trouxe Henry de volta para seu quarto aconchegante. Ele se escondeu na cama, com seu coração cheio de maravilhas.
"Boa noite, Henry," disse Nova suavemente, sua luz cintilando. "E obrigada por trazer luz de volta ao céu."
"Boa noite, Nova," Henry sussurrou enquanto adormecia.
No dia seguinte, quando Henry acordou, olhou pela janela e viu a Estrela do Norte brilhando intensamente, mesmo durante o dia. Ele sorriu, sabendo que não era um sonho era a noite em que ajudou a trazer uma estrela de volta para casa.
E a partir daquele dia, toda vez que Henry olhava para o céu noturno, ele lembrava de sua aventura e sabia que até o menor ato de bondade poderia fazer as estrelas brilharem mais.
Fim.